Suinocultura Brasileira: Balanço do 1º Semestre de 2025

Suinocultura Brasileira no Primeiro Semestre de 2025
A suinocultura brasileira atravessa um momento desafiador e promissor ao mesmo tempo. No primeiro semestre de 2025, os produtores enfrentaram um aumento expressivo nos custos, principalmente com ração, ao passo que os preços do suíno vivo e da carcaça se mantiveram relativamente firmes, refletindo equilíbrio entre oferta e demanda.
Além disso, as exportações continuam em alta, consolidando o Brasil como um dos maiores fornecedores globais de carne suína. Confira abaixo um panorama completo com os principais destaques da suinocultura no primeiro semestre de 2025.
Custos de Produção Sobem no 1º Trimestre
Segundo a CNA/SENAR, os custos operacionais da suinocultura independente subiram 20% nos três primeiros meses do ano.
A principal vilã foi a ração, que representa mais de 70% dos custos totais e teve aumento médio de 37,2%. Já para os sistemas integrados, o acréscimo foi de 3,5%, puxado por combustíveis e energia elétrica.
Essa pressão nos custos exige atenção redobrada do produtor em planejamento financeiro e eficiência produtiva
Preços em Alta no 1º Semestre
Apesar dos custos, os preços reagiram positivamente. Na primeira quinzena de maio, o suíno vivo foi negociado a R$7,69/kg com alta de 2,74% em relação ao mês anterior. A carcaça suína também valorizou chegando a R$12,09/kg (alta de 3,16%), segundo levantamento do portal Repórter Agro.
Já em junho, algumas regiões registraram recuos pontuais nos preços devido à oferta ligeiramente acima da demanda, mas o mercado continua sustentado.
Exportações Aceleram e Batem Recordes
O desempenho no mercado externo é um dos principais motores da suinocultura em 2025. Conforme dados da ABPA e da Secex, o Brasil exportou mais de 111 mil toneladas de carne suína em abril, o que representa um crescimento de 17% em relação ao mesmo mês de 2024.
A expectativa para o ano é de um novo recorde, com projeções que indicam até 1,22 milhão de toneladas exportadas. Os principais destinos incluem China, Filipinas, Chile e Vietnã, com destaque também para negociações com mercados africanos e da Ásia.
Junho Traz Pequeno Recuo nos Preços
Em contrapartida ao cenário positivo das exportações, o mês de junho trouxe um leve recuo nos preços internos em várias praças. Segundo o Globo Rural, isso se deve ao aumento da oferta e ao menor ritmo de compras no mercado doméstico.
Mesmo assim, o setor acredita que essa retração seja pontual e que os preços tendam a se recuperar no segundo semestre, acompanhando a retomada do consumo e o escoamento via exportações.
Oportunidades e Desafios para o Segundo Semestre
Oportunidades:
- Alta nas exportações com possibilidade de novo recorde anual;
- Busca por novos mercados, como África do Sul, Indonésia e Singapura;
- Valorização da carcaça e dos cortes de maior valor agregado;
- Maior consumo interno no segundo semestre.
Desafios:
- Manutenção da biossegurança, com foco na prevenção da peste suína africana e influenza aviária;
- Oscilação cambial, que afeta a competitividade das exportações;
- Aumento no custo da ração, ainda sem alívio no curto prazo;
- Pressão por eficiência logística e sanitária, principalmente em regiões exportadoras.
Em Resumo
A suinocultura brasileira em 2025 é marcada por custo elevado, preços relativamente firmes e desempenho externo robusto. O produtor que estiver atento aos indicadores de mercado, fizer boa gestão de custos e investir em sanidade e eficiência poderá transformar os desafios do momento em oportunidades de crescimento.
O segundo semestre promete ser decisivo, com expectativas positivas tanto para consumo interno quanto para exportações. O foco agora é consolidar a posição do Brasil como líder global na produção de carne suína de qualidade.
Fontes:
- CNA/SENAR: Análise dos Custos da Suinocultura – 1T 2025
- Repórter Agro: Preços da Suinocultura em Alta
- Portal do Agronegócio: Relatório Itaú BBA – Suínos
- Globo Rural: Queda dos Preços em Junho
- Notícias Agrícolas: Valorização Regional
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